Com a evolução das tecnologias, quanto tempo as crianças podem ficar nos eletrônicos?
As crianças estão tendo acesso cada vez mais precoce a equipamentos eletrônicos, como tablets e smatphones. Além de passarem períodos cada vez mais longos em frente a telas.
O uso excessivo de mídias por crianças e adolescentes tem sido associado a diversos prejuízos, Entre eles: obesidade, alterações de sono e atrasos no desenvolvimento cognitivo, emocional e da linguagem. Mas, quanto tempo as crianças e adolescentes podem ficar nas telas? Com que idade as crianças podem ser expostas a esses equipamentos.
Preocupada com os efeitos negativos da exposição precoce e prolongada a mídias, em outubro/novembro de 2016 a Sociedade Brasileira de Pediatria, e a Academia Americana de Pediatria (American Academy of Pediatrics), lançou recomendações para o uso de mídias por crianças.
Em resumo, as recomendações das 2 entidades giram em torno de duas preocupações principais:
SEGURANÇA E EQUILÍBRIO
A preocupação com SEGURANÇA é fundamental, principalmente quando se considera o uso da internet e a popularidade das redes sociais. Entretanto, é crucial orientar a criança e o adolescente quanto a importância de proteger as informações pessoais. Isso serve para que eles não sejam alvo de pedófilos, abusadores ou estelionatários.
Além disto, recomenda-se supervisionar o conteúdo que está sendo acessado (incluindo jogos, sites, redes sociais, aplicativos). Bem como deve se observar com quem a criança ou o adolescente está se relacionando nas redes. Isso serve para garantir que eles não sejam exposto a conteúdo impróprio para a idade. Ou conteúdo que possa gerar traumas ou conteúdo que possa influenciar negativamente o comportamento.
Em relação ao EQUILÍBRIO, gosto de enfatizar aos pacientes e aos seus responsáveis que a criança e o adolescente possuem cérebros em desenvolvimento. Onde novas conexões estão sendo formadas, para adquirir novas habilidades.
Para que este desenvolvimento seja saudável, o jovem deve ser exposto a estímulos diversificados. Portanto, a exposição a eletrônicos (jogos eletrônicos, celulares, televisão), na medida certa, sem dúvida, é benéfico e pode ajudar a desenvolver capacidades especiais. Ou seja, mas não pode, NUNCA, limitar o envolvimento em outras atividades essenciais para o desenvolvimento social, emocional e ocupacional. Mantenha uma rotina com equilíbrio entre as atividades desempenhadas pela criança e pelo adolescente.
Ofereça à criança e ao adolescente oportunidades de lazer em família e com os amigos. Dessa forma, você evita o uso de eletrônicos, nos finais de semana, por exemplo.
Certamente, tomando as atitudes necessárias desde cedo, o mais importante é manter uma relação saudável entre esses hábitos. Por exemplo, acessar sites e aplicativos que tenham conteúdo educativo.
TACIANA G. COSTA DIAS – Psiquiatra da Infância e Adolescência CRM/SP. 132.723 – RQE 36906-1
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